O Mundo já foi português
O Mundo já foi português
A cruz e a espada foram suas armas. Com elas, os lusitanos espalharam suas conquistas pelos quatro cantos do continente.
Do Canadá ao Japão, da costa africana às ilhas e cidades orientais, eles recorreram a diferentes estratégias para estabelecer seu domínio. Guerrearam e tomaram entrepostos comerciais, firmaram contratos e acordos diplomáticos com chefes locais, construíram feitorias, fortalezas, e colonizaram terras muito distantes do pequeno reino europeu. Os percalços da navegação ou as barreiras religiosas enfrentadas não impediram os portugueses de dominar uma vasta extensão do mundo nos séculos XV e XVI
Groelândia e Canadá
Em busca do bacalhau
Entre 1501 e 1502, os irmãos Corte Real chegaram a Terra Nova e Labrador, na costa do Canadá, depois de passarem pela Groelândia (1501). A atividade pesquera era o que interessa à Coroa Portuguesa. Em 1520, João Álvares Fagundes aportou na Ilha de Capa Breton, na Nova Escócia, e fundou um pequeno estabelecimento, logo abandonado por causa do clima e de ataques indígenas.
América Portuguesa (Brasil)
A madeira que deu nome ao Brasil
Sei litoral servia de apoio à exploração da costa ocidental da África e a Carreira das Índias. No início do século XVI, mais interessados no lucrativo comércio oriental, os conquistadores instalaram feitorias e exploravam o pau-brasil. Mas a presença estrangeira levou Portugal a repensar a ocupação efetiva da terra e a adotar o sistema de capitanias hereditárias.
África Ocidental
Ouro, marfim ... e escravos.
O domínio sobre a região se consolidou no século XV, a partir da conquista de Ceuta, seguida dos desembarques na Ilha da Madeira e nos arquipélagos dos Açores e de Cabo Verde. Na costa, foram instaladas praças-fortes, capitanias e feitorias – estabelecimentos comerciais com funções militares e diplomáticas .
Oriente
O reino das especiarias
A passagem do Cabo da Boa Esperança abriu a navegação no Índico. Em 1505 a criação do Estado da Índia concentrou a administração das regiões orientais em Goa. Pelas complexas rotas comerciais que interligavam esses lugares circulavam desde as cobiçadas especiarias até porcelanas, ouro, seda e escravos.
Texto de da Revista de História, da Biblioteca Nacional
Novembro 2010, pags 32 - 33