PUC-SP 99
O vestibular de História da PUC-SP de 1999 dividiu-se em duas etapas. A primeira, composta por 9 questões de múltipla escolha com cinco alternativas e a segunda por uma única e ampla questão temática envolvendo também Geografia.
Como cobrar do vestibulando uma visão ampla e crítica da História?
Como medir conhecimento histórico num exame de vestibular?
Parece que mais uma vez o vestibular de História da PUC de São Paulo conseguiu atender essas expectativas.
Considerando que para o vestibular da PUC, o conhecimento de um fato passa pela contextualização do mesmo, a prova de História foi bem elaborada mantendo o padrão dos anos anteriores utilizando bons textos para os enunciados e dando ênfase para temas atuais.
Das nove questões da primeira fase, quatro foram de História Contemporânea e do período republicano brasileiro. Brasil Colônia, História Medieval e História Moderna mereceram uma questão cada. Destaca-se a ausência de questões sobre História Antiga, História da América e Brasil Império.
Seis questões seguiram o padrão clássico com um enunciado e cinco alternativas objetivas. As outras três questões apresentaram uma formatação diferente, onde o enunciado possuía várias afirmações (entre três e cinco) e as cinco alternativas variavam na indicação das afirmações corretas - uma forma de elevar o grau de dificuldade para resolução de um teste.
Na Segunda etapa, uma única questão em conjunto com Geografia, levou o aluno a elaborar uma dissertação através de reflexões sobre nacionalismos, globalização e imigrações, com seus desdobramentos sociais neste final de século.
Sem dúvida, uma bela questão.
Criativa em sua elaboração, que utilizou textos históricos, charges e trechos de noticiários, além de artigos da Constituição brasileira.
Trabalhosa em sua resolução, mas plenamente adequada àquilo que se espera de qualquer estudante bem preparado no ensino médio e atualizado em relação as principais questões que marcam o cenário nacional e mundial.
Exige-se portanto do vestibulando da PUC de São Paulo a valorização da linguagem escrita, da leitura de textos históricos -- hoje já existe uma vasta bibliografia com linguagem adequada sobre os mais diversos temas da História -- bem como de jornais e revistas para estar sempre atualizado e capacitado para reflexão e interpretação do processo histórico.